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Estreia do documentário ”Resposta pacífica dos Bahá'ís iranianos à opressão”

  • Assembleia Espiritual Nacional dos Bahá'ís de Portugal
  • 23 de out. de 2014
  • 3 min de leitura

Estreia do documentário ”Resposta pacífica dos Bahá'ís iranianos à opressão”

Um novo e poderoso documentário, contando a história dos Bahá'ís do Irão e a sua resposta pacífica a décadas de perseguição patrocinada pelo Estado, teve a sua estreia no Reino Unido em 12 de setembro passado.

Utilizando entrevistas, histórias pessoais e imagens de arquivo - muitas vezes levados para fora do Irão com grande risco pessoal - o filme, intitulado “Acender uma Vela”, destaca a resiliência construtiva dos jovens bahá'ís do Irão que, em face das tentativas sistemáticas do regime iraniano para lhes barrar o acesso ao ensino superior, desenvolveu um programa de ação informal, conhecido como o Instituto Bahá'í de Educação Superior (IBES), através do qual eles poderiam ter acesso a cursos de nível universitário.

"É um documentário muito belo, que pretende de uma maneira simples chamar a atenção para uma questão que só muito esporadicamente aparece nas notícias", disse o ator Anglo-Iraniano e comediante, Omid Djalili, que fez a sua apresentação no Picturehouse Hackney, em Londres .

O filme foi realizado pelo aclamado jornalista e cineasta, Maziar Bahari. Ele foi o repórter da Newsweek, no Irão, em 1998-2011, tendo produzido uma série de outros documentários sobre o Irão. O Sr. Bahari não é membro da comunidade Bahá'í.

"A história precisava de uma abordagem jornalística de grande nível e isso é precisamente o que aqui temos", disse Djalili, que descreveu o documentário como "tão extraordinário e altamente emocionante!".

O filme documenta vividamente que a ameaça de detenção e de prisão é uma realidade diária para os bahá'ís do Irão, como académicos, impedidos de prosseguir com as suas profissões de tentar educar os jovens, em casas particulares.

A estreia do filme foi seguida por um painel de discussão presidido pelo Sr. Djalili. Além de Maziar Bahari, o painel incluiu o advogado internacional de direitos humanos Payam Akhavan.

"Com o fim de justificar a repressão generalizada na sociedade iraniana, foi necessário apresentar um inimigo e essa escolha abateu-se sobre os bahá'ís", disse Akhavan. "O conceito que o regime reuniu sobre os bahá'ís é baseado em paranóia e ódio e não tem nada a ver com a realidade da Fé Bahá'í e da sua comunidade."

Tanto o Dr. Akhavan como o Sr. Bahari reconheceram, no entanto, que nos últimos anos aumentou o número de iranianos que mudaram de opinião sobre a comunidade Bahá'í.

"Muitas pessoas estão a aprender com os bahá'ís", disse o Sr. Bahari, acrescentando que, no passado, os iranianos "eram indiferentes ao destino dos bahá'ís. Nós não nos importávamos de não nos importar... Acho que é vergonhoso! Nós não tínhamos conhecimento de quaisquer bahá'ís a serem sequestrados e mortos".

"As pessoas, eventualmente, acabarão por se reconciliar com este passado vergonhoso", disse o Sr. Bahari. "A maioria dos jovens iranianos têm hoje amigos bahá'ís, apesar do facto do governo continuar a atormentá-los e a apresentá-los sob o mesmo aspeto negativo".

"Para mim - e esta é uma das razões porque eu queria fazer este documentário - os Bahá'ís são um barómetro do que se passa no Irão. Se o país se abre um pouco, talvez devido a um governo reformista, são dadas certas liberdades aos Bahá’ís. Quando a sociedade é mais reprimida, os bahá'ís são as primeiras vítimas".

O Sr. Bahari aproveitou a estreia para anunciar um Dia Internacional "A Educação não é um Crime", que se assinala a 22 de Fevereiro de 2015, que ele espera, faça aumentar a consciencialização do direito à educação.

"Esses tipos de eventos internacionais, que focam alguns dos principais temas que o documentário levanta, não são apenas instrumentos para chamar a atenção para as dificuldades que os bahá'ís tiveram de suportar ao longo de muitas décadas no Irão, eles pretendem incentivar uma mudança positiva" - disse ele.

"Enquanto os bahá'ís continuam a enfrentar a injustiça, e enquanto as autoridades iranianas os tratar como cidadãos de segunda classe, ainda fica muito para ser feito".

O documentário de Maziar Bahari “Acender uma Vela” conta a história dos bahá'ís do Irão e da sua resistência pacífica a décadas de perseguição, patrocinada pelo Estado

O Jornalista Maziar Bahari com o comediante Omid Djalili na estreia do filme “Acender uma Vela”

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