Delegados de todo o país elegeram, nos passados dias 29 e 30 de abril, a Assembleia Espiritual Nacional dos Bahá’ís de Portugal, para o próximo ano. Cada ano, delegados de praticamente todos os países do mundo reúnem-se para eleger a sua instituição nacional composta por 9 membros, que administram os assuntos da comunidade nacional, orientando e coordenando as suas atividades, serviços e esforços.
As eleições bahá’ís distinguem-se pela sua natureza espiritual, livre de campanhas, candidaturas e partidismos. Cada eleitor tem liberdade irrestrita para dar o seu voto secreto a qualquer adulto da comunidade nacional. Os eleitores são solicitados a considerar o caráter moral e a capacidade prática daqueles que elegem. O Guardião da Fé – Shoghi Effendi - explica que os elegidos "devem encarar as suas tarefas com extrema humildade, e esforçarem-se com as suas mentes isentas de preconceito, com o seu elevado sentido de justiça e dever, com a sua candura, a sua modéstia, a sua inteira devoção, ao bem-estar e aos interesses dos amigos, da Causa e da humanidade, por ganhar não só a confiança e o genuíno apoio e respeito daqueles a quem servem, mas também a sua estima e verdadeira afeição". É um processo democrático que é sagrado e digno e que gera e sustenta uma relação madura e saudável entre os indivíduos e as instituições que orientam a comunidade.
As convenções são também uma oportunidade para os delegados partilharem ideias sobre o progresso da comunidade bahá’í no seu país, refletindo sobre o trabalho realizado, as aprendizagens retiradas e o caminho ainda por percorrer. A consulta evidenciou uma unidade de visão crescente e um desejo comum de trabalhar lado a lado para contribuir para o bem-estar espiritual e material do povo português.