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O Discurso do Presidente Iraniano Rouhani, na ONU, Ficou Aquém dos Direitos Humanos

NOVA YORK - A Comunidade Internacional Bahá'í manifestou a sua decepção com o fracasso do presidente iraniano, Hassan Rohani para resolver a situação dos direitos humanos no seu país, durante o seu discurso de 29 de setembro, nas Nações Unidas.

"Enquanto anotamos a promessa de convivência e diálogo com outras nações, que marcou o discurso do presidente Rouhani, ficamos extremamente desapontados que ele não tenha debatido quaisquer passos que ele iria tomar para melhorar os direitos humanos dos cidadãos iranianos", disse Bani Dugal, a principal representante da Comunidade Internacional Bahá'í para as Nações Unidas.

Dugal disse: o presidente Rouhani não conseguiu acabar com a discriminação religiosa, apesar das promessas de o fazer, algo que foi levantado na semana passada pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon no seu relatório anual sobre os direitos humanos no Irão, à Assembleia Geral.

Ela observou, nomeadamente, que o Sr. Ban expressou preocupação com "relatos de discriminação persistente" contra as minorias étnicas e religiosas, embora salientando que o próprio presidente Rouhani tinha assumido compromissos com vista a "assegurar a igualdade, defendendo a liberdade de crença e de religião, oferecendo proteção a todos os grupos religiosos e alterando a legislação que discrimina grupos minoritários ".

"O presidente Rouhani viveu dois anos inteiros desde as promessas que fez sobre o fim da discriminação religiosa no Irão. Infelizmente, apesar de toda a sua conversa, pouco progresso foi feito", disse Dugal.

"No caso da comunidade bahá'í iraniana, o governo tem, realmente, intensificado a sua campanha de propaganda anti-bahá'í nos meios de comunicação. A prisão arbitrária e a detenção dos bahá'ís tem continuado, e jovens bahá'ís ainda estão proibidos de frequentarem o ensino superior."

Dugal disse ainda que mais de 7.300 itens de propaganda de ódio contra os bahá'ís foram publicados nos mídia persas, patrocinados pelo governo, desde que o presidente Rouhani assumiu o cargo em agosto de 2013.

O governo também continuou a repressão contra as empresas bahá'ís, disse Dugal, acrescentando que houve mais de 200 incidentes individuais de opressão económica contra os bahá'ís, sob a administração do presidente Rouhani, enquanto a exclusão dos bahá'ís do emprego no setor público, iniciada no início de 1980, continua.

"Com 74 bahá'ís atualmente em prisões iranianas, unicamente por causa das suas crenças religiosas, é evidente que as promessas do presidente Rouhani para a mudança são ocas", disse ela.

Continuou ainda: "Num momento em que os líderes mundiais estão reunidos com o presidente Rouhani, o relatório do Secretário-Geral é uma firme advertência de que a situação dos direitos humanos no Irão precisa desesperadamente de permanecer na agenda internacional"

"Quanto tempo mais devem os bahá'ís iranianos enfrentar perseguições? Quanto tempo mais devem esperar antes que possam ir para a universidade, ter permissão para enterrar os seus mortos sem obstruções, ou viver sem medo da prisão?"

Para mais informações ir para: http://news.bahai.org/story/1069

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