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Mais 24 Bahá'ís Condenados à Prisão no Irão

Num flagrante simulacro de justiça, um tribunal revolucionário iraniano, na província de Golestan, condenou 24 bahá'ís a longas penas de prisão, apenas por causa das suas crenças religiosas.

Se as suas penas forem integralmente cumpridas, o grupo, no conjunto, passa 193 anos na prisão, uma das sentenças mais pesadas, emitidas contra os bahá'ís, nos últimos anos.

Os 24 homens e mulheres, cujas idades variam entre 21 e 60 anos, foram presos por agentes do Serviço Secreto, em ataques coordenados nas suas casas, em outubro de 2012, janeiro de 2012 e Março de 2013. Muitos deles foram posteriormente libertados sob caução e ficaram a aguardar julgamento.

As três páginas finais, da articulação do veredito, emitido em 4 de janeiro de 2016, da Filial 2 do Tribunal Revolucionário de Gorgan, veio agora a público. Condena dois indivíduos a 11 anos de prisão, 13 a nove anos de prisão, e 9 a seis anos de prisão.

As suas acusações foram exclusivamente baseadas na sua filiação e atividades na Comunidade Bahá'í, demonstrando os motivos religiosos para as prisões e condenações. O veredito, por exemplo, afirma que a crença dos Baha'is no seu profeta – Báb - é, em si, propaganda considerada contra o regime da República Islâmica.

Diane Ala'i, representante da Comunidade Internacional Bahá'í nas Nações Unidas, em Genebra disse: "As autoridades iranianas, mais uma vez, condenaram à prisão indivíduos inocentes sem qualquer outra razão que não seja a sua fé.".

E acrescentou: "Estes indivíduos são maridos, esposas, filhos, filhas, pais e mães das suas famílias, cidadãos cumpridores da lei, que utilizam os princípios da sua religião para contribuir para a melhoria do seu país", "E em vez de lhes serem permitidas mais oportunidades, as autoridades iranianas colocam-nos atrás das grades, privando-os dos seus direitos mais básicos."

Atualmente mais de 80 bahá'ís estão na prisão. Apesar das promessas do presidente Rouhani para melhorar a situação dos direitos humanos no Irão, o tratamento da Comunidade Bahá'í no país não mudou ao longo dos últimos dois anos. Eles não são apenas injustamente detidos e presos, mas continua a ser-lhes negado o direito à educação superior, bem como ao emprego no setor público. Os seus cemitérios são destruídos, as suas empresas e lojas são atacadas e fechadas, e a utilização sistemática e ampla, dos meios de comunicação do governo, como um meio para denegrir e caluniar os bahá'ís, tem aumentado nos últimos anos.

Pergunta ainda Diane Ala’í: "A pergunta final é, o que é que deve ser considerado um crime? O legítimo desejo de uma comunidade para praticar a sua fé e estar ao serviço das suas comunidades, ou o plano sistemático de um governo para perseguir e prender membros inocentes da sua sociedade só por causa das suas crenças?"

Os nomes e respetivas sentenças dos 24 indivíduos da província de Golestan são os seguintes:

Onze anos de prisão:

Mr. Shahnam Jazbani e Ms. Sheida Ghoddousi.

Nove anos de prisão:

Farahnāz Tebyanian, Pouneh Sanaie, Parisa Shahidi, Mona Amri, Mojdeh Zohouri Golkenari, Behnam Hasani, Hona Aghighian, Hona Koushk-Baghi, Bita Hedayati, Vesagh Sanaie, Shohreh Samimi, Bita Mowhebati, Parivash Shojaie

Seis anos de prisão:

Roufia Pakzadan, Nazi Tahghighi Hesari, Soudabeh Mehdinejad Behnamiri, Mitra Nouri, Shiva Rowhani, Navid Moallem, Houshmand Dehghan, Karmilia Bidelian, Maryam Dehghan.

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