Mr. Farhang Amírí, de Yazd, Irão, foi barbaramente assassinado, no dia 26 de setembro de 2016, como descrito abaixo.
As circunstâncias que rodearam o assassinato de Mr. Farhang Amírí já foram definitivamente estabelecidas. Na noite de 25 de Setembro, dois homens jovens chegaram à porta de sua casa e, uma vez que ele não estava lá, falaram com um de seus filhos, dizendo que queriam comprar a sua camioneta. O filho de Amírí disse que não tinha sequer conhecimento de que o seu pai queria vender o veículo, mas os dois homens insistiram. Ele pediu-lhes os contactos, mas eles deram umas desculpas e foram embora. Na noite seguinte, os mesmos dois indivíduos voltaram e encontraram-se com o Sr. Amírí fora da sua residência, enquanto os membros da família permaneciam dentro de casa. Pouco depois, ouviram o Sr. Amírí a gritar. Um familiar, acompanhado com outras pessoas, encontrou-o gravemente ferido com várias facadas no peito. Ao mesmo tempo, os lojistas locais apanharam um homem que estava a fugir da cena e entregou-o à polícia; um segundo homem foi depois detido pela própria polícia. O Sr. Amírí foi levado de ambulância para o hospital, onde faleceu poucos minutos depois.
Quando estava a ser interrogado pela polícia, na frente de testemunhas, os dois suspeitos admitiram ter matado Mr. Amírí com uma faca, que levavam para esta finalidade. Quando perguntado sobre a sua motivação, um dos suspeitos respondeu “Que ele realizou o assassinato, porque sabia que Mr. Amírí era um bahá'í”. Mesmo admitindo que durante os interrogatórios subsequentes os dois suspeitos alegassem que o atacaram por causa da discussão sobre a venda do veículo, os relatórios mais recentes confirmaram que os suspeitos admitiram que as suas ações tinham, de facto, motivações religiosas.
Este ato hediondo é a consequência de um esforço sistemático, que as autoridades, desde longa data, têm levado a cabo para incentivar o ódio e a intolerância. Ao longo dos últimos anos, só na cidade de Yazd, têm havido múltiplos atos de perseguição, incluindo dezenas de detenções ilegais e prisões, bem como dezenas de ataques a residências e empresas de bahá'ís. No ano passado, os próprios filhos do Sr. Amírí, sofreram rusgas nas suas empresas e residências, por agentes do governo, que confiscaram computadores portáteis, telefones e outros itens. No início de agosto deste ano, enquanto um crente estava a ser interrogado por agentes do governo, foi-lhe dito que sabiam de pessoas, em Yazd, que pretendiam matar os bahá'ís.