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Campanha global pela libertação dos sete líderes bahá’ís injustamente presos no Irão

A Comunidade Internacional Bahá’í lança uma campanha global pela libertação imediata de sete líderes bahá’ís iranianos, injustamente presos há nove anos.

A campanha, intitulada "Outro Ano, Não", pretende consciencializar sobre os sete homens e mulheres injustamente presos em 2008 e condenados a 20 anos de prisão devido às suas crenças religiosas. A sentença foi reduzida a 10 anos em 2015 após a aplicação de um novo código penal iraniano.

"A nossa expectativa é que estes sete corajosos indivíduos sejam libertados durante o próximo ano, ao completarem as suas penas", disse Bani Dugal, a principal representante da Comunidade Internacional Bahá’í nas Nações Unidas.

"Mas a verdade é que eles não deviam ter sido sequer presos e, conforme a lei iraniana, já há muito tempo que lhes devia ter sido concedida a liberdade condicional."

"De facto, estes sete, as suas famílias e, na realidade, toda a comunidade bahá’í iraniana estão sujeitos a injustiça e crueldade, a opressão e tirania. Todos enfrentam políticas injustas de estrangulamento económico, a negação de acesso ao ensino superior, e ataques maliciosos – que as autoridades não investigam - contra os bahá’ís e as suas propriedades, para não mencionar uma intensa propaganda negativa nos meios de comunicação oficiais."

Numa mensagem dirigida aos bahá'ís do Irão por ocasião do aniversário da prisão destes sete crentes, a Casa Universal de Justiça declara:

"Alguns dos eventos do último ano não deixaram quaisquer dúvidas nas mentes do povo do Irão e de outros lugares, de que o fanatismo rígido e as considerações mundanas de alguns dos líderes religiosos são o único motivo para toda a oposição e opressão contra os bahá’ís."

Declara ainda: "Os representantes do país na esfera internacional já não conseguem negar que estes atos de discriminação são perpetrados em resposta a assuntos de crença e de consciência. Os dirigentes, incapazes de dar uma explicação convincente para a sua conduta irracional e, sem se preocuparem com os danos provocados no nome e na credibilidade do país devido às suas políticas tacanhas, não conseguem tampouco dar uma resposta plausível que justifique a sua apreensão sobre a existência de uma comunidade bahá’í dinâmica nesse país."

Esta campanha, iniciada a 12 de Maio de 2017, visa garantir a libertação imediata dos sete Baha'is prisioneiros: Fariba Kamalabadi, Jamaloddin Khanjani, Afif Naeimi, Saeid Rezaie, Mahvash Sabet, Behrouz Tavakkoli e Vahid Tizfahm, o mais velho dos quais tem mais de oitenta anos de idade.

Os sete líderes bahá’ís com os seus cônjuges.

À semelhança das campanhas de anos anteriores, esta relembra o aniversário da prisão de seis dos sete bahá’ís, no dia 14 de maio de 2008.

A campanha deste ano concentra-se também em todos os eventos dos quais foram privados durante estes nove anos na prisão, as alegrias e tristezas do dia-a-dia com suas famílias e entes queridos.

Como salienta a representante da Comunidade Internacional Bahá’í nas Nações Unidas, "Os sete eram casados, com crianças, e antes de serem presos tinham vidas familiares muito queridas."

"Os sete eram também extremamente ativos em trabalharem pela melhoria da sua comunidade, para não mencionar da sociedade iraniana como um todo. Além disso, este longo período de prisão implicou, entre outras coisas, que perdessem o nascimento de netos, os casamentos dos filhos e parentes próximos, e os funerais de familiares e amigos."

Como acrescenta, "Foram também forçados a celebrar os feriados nacionais e religiosos na prisão, sendo privados da companhia dos seus entes queridos. E, enquanto estão na prisão, é-lhes negado o acesso aos seus afazeres e negócios, que se têm degradado e, em pelo menos um caso, foram destruídos pelo governo."

A Comunidade Internacional Baha'i pede ao governo iraniano que os liberte imediatamente, assim como os outros 86 bahá'ís atualmente atrás de grades no Irão - todos presos unicamente pelas suas crenças religiosas.

Fonte: Bahá’í World News Service

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