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Bahá'u'lláh (1817-1892)

 

Fundador da Fé Bahá'í
 

Bahá'u'lláh, que em português significa "A Glória de Deus", foi o Fundador da Fé Bahá'í, nasceu em 1817, em Teerão, capital da Pérsia, no seio de uma família da nobreza.

 

Após o falecimento de Seu pai foi-Lhe oferecido o lugar que ele ocupava, de grande prestígio e honra, o qual, no entanto, Ele se recusou a aceitar. Ainda jovem tornou-Se famoso pela Sua dedicação aos pobres, pela Sua bondade e pela Sua sabedoria, o que O tornou profundamente amado pelos Seus compatriotas.

Santuário de Bahá'u'lláh em Bahjí perto Acre, Israel

Esta posição privilegiada, contudo, não se manteve por muito tempo após Bahá'u'lláh anunciar o Seu apoio à mensagem do Báb

 

Arrastado pelas ondas de violência desencadeadas sobre os babís, após a execução do Báb, Bahá'u'lláh sofreu, não somente a perda de todos os Seus bens terrenos, como também foi levado ao cativeiro, à tortura e a uma série de exílios. O primeiro foi para Bagdade onde, em 1863, anunciou ser Ele próprio Aquele que tinha sido anunciado pelo Báb, o Manifestante Prometido de Deus, o Messias cujo "regresso" havia sido predito nos Livros Sagrados de todas as religiões do mundo, cujas profecias Ele havia cumprido. Proclamou que Ele era o regresso da "Imaculada Manifestação", do Krishna prometido aos hindus; o regresso do Espírito de Cristo aguardado pelos cristãos; do Senhor dos Exércitos prometido aos judeus; do Quinto Buda, o Buda da fraternidade universal, aguardado pelos budistas; do Shah Bahram, o grande Pacificador, prometido aos zoroastrianos; a segunda vinda de Cristo, o "Espírito de Deus", o "Grande Anúncio", aguardado pelos muçulmanos.Quando Bahá'u'lláh falou do "Regresso", não Se referia ao regresso ao mesmo corpo físico ou personalidade, nem à reencarnação, mas sim a uma nova manifestação da mesma Divindade, a mesma Luz de Deus numa nova Lâmpada. 

 

De Bagdade, Bahá’ú’lláh, foi desterrado para Constantinopla, onde foi mantido durante quatro meses e, a seguir, para Adrianópolis, onde permaneceu quatro anos e meio, tendo sido lá que escreveu algumas das Suas Epístolas dirigidas aos reis e governantes do mundo. 

A seguir foi enviado para a cidade-prisão de 'Akká, a que Bahá’u’lláh chamou a "Maior Prisão", onde continuou a escrever e a enviar mais cartas aos reis e governantes do Seu tempo, as quais se encontram entre os documentos mais notáveis da história religiosa. Elas proclamavam a iminente unificação da humanidade e o surgimento de uma civilização mundial. Os reis, imperadores e presidentes do século XIX foram incitados a reconciliar as suas divergências, a reduzir os seus arsenais e a devotar as suas energias ao estabelecimento da paz universal.

Finalmente, depois de alguns anos, foi-Lhe permitido viver com um pouco mais de comodidade, no local que hoje conhecemos como a Mansão de Bahjí, onde faleceu em Maio de 1892, em toda a Sua majestade e glória. Ali descansam os Seus restos mortais. Já, então, os Seus ensinamentos se propagavam por todo o Médio Oriente, e o Seu Sepulcro é hoje o local de peregrinação da comunidade mundial Bahá’í, que esses ensinamentos trouxeram à existência.

Exílios de Bahá'u'lláh

A mensagem central de Bahá'u'lláh para a humanidade, é a da unidade e da justiça. "A mais amada de todas as coisas, a Meu ver, é a justiça", escreveu Ele, e "A terra é um só país, e os seres humanos os seus cidadãos". Ele afirmou ainda que "O bem-estar da humanidade, a sua paz e segurança são inatingíveis a não ser que, e até que, a sua unidade seja firmemente estabelecida". Bahá'u'lláh ensinou que todas as grandes religiões provêm de uma mesma fonte divina. São partes de um processo histórico comum que leva a humanidade desde o seu início até à civilização global, que os bahá'ís acreditam ser inevitável no decorrer da existência humana.

Santuário de Bahá'u'lláh em Bahjí perto Acre, Israel
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