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Os pré-jovens estão entre os 12 e os 15 anos, num período de transição entre a infância e a juventude, e experimentam rápidas mudanças físicas, intelectuais e emocionais. Os seus poderes espirituais expandem-se. Um novo nível de consciência promove neles um interesse cada vez maior por questões profundas e sobre os seus talentos e aptidões. As suas "faculdades de observação expandem-se e aprofundam-se", declara 'Abdu'l-Bahá, e as suas capacidades intelectuais “são treinadas e despertadas". Durante este período crítico de três anos, formam-se ideias sobre o indivíduo e a sociedade que podem muito bem moldar o resto das suas vidas. No entanto, o encanto com estes novos poderes está frequentemente combinado com sentimentos de preocupação, desconforto e dúvidas que podem produzir contradições no seu comportamento. Portanto, é necessário, nesta idade, direcionar as suas novas aptidões para o serviço à humanidade. É preciso que recebam o tipo de educação e de incentivo corretos, caso contrário as "qualidades serão abafadas na falsa atmosfera do ego".

 

É comum associar-se este período da vida a aspetos negativos. Por exemplo, alguns pontos de vista populares consideram que esta idade se caracteriza por confusões e crises frequentes. Tais pensamentos promovem condições nas quais são disseminados padrões de comportamento indesejáveis. Uma compreensão mais adequada desta idade é a de jovens altruístas com "um agudo sentido de justiça, desejosos de aprender sobre o universo e de contribuir para a construção de um mundo melhor". Os traços negativos que por vezes revelam não são certamente intrínsecos deste estágio da vida humana.

Início da Adolescência

 

 

Então, o assunto-chave a considerar é, quais são as fontes de padrões de comportamento inaceitáveis que algumas vezes caracterizam alguns pré-jovens. A este respeito há dois fatores que requerem uma cuidadosa consideração. Em primeiro lugar, o efeito das forças sociais negativas em tantas comunidades conduziu à disseminação de diversas doenças sociais que exercem muita influência no modo como os jovens se veem a si próprios e à sociedade. Em segundo lugar, os pré-jovens são muito afetados pelos comportamentos dos adultos para com eles. Apesar de nesta idade estarem a adquirir perceções sobre muitos assuntos profundos, os adultos insistem, por vezes, em tratá-los como crianças. Além disso, a diferença entre as palavras e as ações, que alguns adultos exibem algumas vezes, pode ser uma fonte de confusão para os jovens que estão à procura de padrões pelos quais moldar as suas vidas.

 

Quando salientamos o efeito que as forças sociais negativas exercem nos pré-jovens, não quer dizer que os mais novos sejam essencialmente frágeis. Eles conseguem, com ajuda, enfrentar essas forças. Podem desenvolver os poderes da alma e da mente que, além de os habilitar a ultrapassar tais desafios, também faz deles contribuintes para a construção de uma nova sociedade.

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